quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Mesas de Cafés e Esplanadas

Não quero escrever por ter tanto para contar, para compreender. Tudo se torna imprevisivelmente interessante. Cómico e melancólico. Palavra que não sei por onde começar. Como tal não o vou fazer. Vou ficar pelo fim (que não se iniciou).

NY



quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Mergulho num Mar Inventado à Pressa

Que vastidão. Oh Tiago… Que confusão. Estas ferias que se avizinham, calham em tão boa hora. Devia ter tomado uma decisão mais cedo.
Será que os rios da minha escrita correm sempre para o mesmo mar? Não entendo.
Estou feliz. Sem motivo, aparente.

procuro dentro da noite o triunfo dos séculos que dormem a imensidão calada do mundo

Foi Sempre a Frase Errada


Danço dentro de sonhos que tocam música ao vento. E corro ao colo do meu sono côncavo. Demoro-me nessa imensa paisagem que é o subterrâneo que há em nós. E passeio por mundos que me habitam desde sempre. Sentimentos sem princípio nem fim. Vazios de todas as formas. Cheios de mar ao longe. E vagueio por essa noite chamada mistério. E a cada passo descubro-me outro. Cruzo-me com quem já fui e sorrio dessa imensa candura que é sabermo-nos mais próximos de quem sempre fomos.
E há sonhos que não dormem. Duram o dia inteiro. Andam comigo na rua, trago-os dentro dos bolsos ou na palma das mãos. Há sonhos que deixo cair ao passar. Como quem sabe que alguém, à espera do mesmo sonho, o irá apanhar. Às vezes, pouso-os em mesas de cafés. Para quem se sentar a seguir. E solto sonhos ao vento como quem abre espaço no céu para ver pássaros voar. E ganham asas. Planam alto. Espalham-se pela cidade. E escolhem corações para morar. E eu fecho os olhos à alegria de os ver crescer. E solto lágrimas de cores porque o mundo existe. E por eu estar aqui.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Controvérsia


Li algures, no meio de toda esta imensidão, a palavra “porrada”. Lembrei-me inevitavelmente de duas intimidações que me fizeram à alguns dias atrás. Achei deveras curioso a maneira como o fizeram. Ridículo. Gente estranha.

Ontem “bebi um batido” bastante satisfatório, contudo não produtivo (da maneira que eu esperava). A responsabilidade foi, com certeza, apenas minha. Não sei o que quero, e não posso dizer que quero sem saber o que realmente pretendo. Foi tão estranho. Primou pelo constrangimento e embaraço. Evito pensar nisso. Já referi que não gosto de pensar? O que as horas, já contadas, de e nos cafés nos fazem… Extraordinário.
Hoje o dia foi estranho. Mas eu ando parvo? Sou idiota?! Mas porquê toda esta estranheza? Contemplo a minha tolice.

Lembrei-me de um relógio, a preto e branco. A correr sem parar. A deixar tudo passar-lhe ao lado, contudo estando sempre presente. O tempo foi, a meu ver, a invenção que terá mais duração. Humanidade! Sociedade. Particulares.

Quero cafés. Quero cafés diferentes. Pessoas novas. Gente que seja novidade, que prenda a atenção. Quero decidir o que quero. Saber se também o quer. Não pensar.
Ando esquecido do meu budismo… atingir o equilíbrio é o fundamental.

(outro texto desprovido de sentido, mas este para além de não ter sentido para os outros, também não o tem para mim)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Autocarro


A vida não passa de uma viagem de comboio, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis e grandes tristezas. Quando nascemos, entramos nesse comboio e deparamo-nos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem connosco: os nossos pais. Infelizmente, mais tarde ou mais cedo, chegam ao seu destino mas nós continuamos. Ficamos órfãos do carinho, da amizade e companhia insubstituíveis… mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes embarquem e se tornem muito especiais. Chegam irmãos, amigos e amores. Muitas pessoas apanham o comboio, uns apenas de passeio, outros circularão pelas carruagens, prontos a ajudar quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de forma que, quando desocupam o seu assento, ninguém se apercebe. Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão estimados, acomodam-se em carruagens diferentes e somos obrigados a seguir viagem separados deles, o que não impede, é claro, de lhes fazermos visitas mas, infelizmente, não podemos sentar-nos ao seu lado, pois o lugar já está ocupado. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas… porém, nunca tem retornos. Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando relacionarmo-nos bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que têm de melhor, sem nos esquecermos que, nalgum momento do trajecto, eles poderão enfraquecer e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também enfraquecemos muitas vezes e, com certeza, temos alguém por perto que entende isso. O grande mistério, afinal, é que nunca saberemos quando chegamos ao destino, muito menos quem vão ser os passageiros com quem partilhamos a viagem, nem mesmo o que está sentado ao nosso lado. Dou comigo a pensar, se quando descer desse comboio sentirei saudades… acho que sim. Deixar alguns amigos que nele fiz será, no mínimo, penoso; deixar os filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas agarro-me à esperança que, seja como for, estarei na grande gare à espera de os ver chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram… e o que me vai deixar mais feliz, será pensar que eu colaborei para que essa viagem tenha crescido e se tenha tornado valiosa. Espero que também façam um esforço para tornar a vossa viagem muito agradável e quando por fim a vossa estação chegar, que o vosso lugar vazio deixe saudades aos que prosseguirem nesse comboio.


Quando acordou no domingo de manhã, levou algum tempo até se lembrar por que motivo se sentia tão feliz e preocupado. Depois foi invadido de recordações da noite anterior.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Suscita a duvida


Estou com frio. Amanhã não sei que fazer. Tinha alguma coisa a dizer, mas já me esqueci. Ah! Recordei-me.
Não me lembro de como foi a manha, mas sei que a tarde foi insólita. Experimentei um prato que até então desconhecia, ou melhor, partilhei. Foi giríssimo. Cheguei fora de horas a casa. Programei um dia que será decisivo.
Estou com bastante moleza, tanta preguiça.
Vou acabar de ver um filme, jantar, estudar, (possivelmente) mandar uma sms e depois deitar-me.



Amanhã quero que o dia seja cúmplice, ou que pelo menos corra bem.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Moldura Feliz

Esta semana foi óptima. Sem duvida. Aconteceu tanta coisa boa (e diferente).

Continuo cheio de sono. O Carnaval está a chegar. Quero uma tarde, completamente, caseira.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Modelos de Felicidade


O dia foi óptimo. A sério. Nem sei por onde começar… Amanha se tiver tempo, coisa que duvido, explico. Se me lembrar.
Ando sem tempo para rigorosamente nada.

O senhor meu pai anda passado com a queda dos nossos títulos na bolsa. E depois o Tiago é que não sai à noite.

Estou mais que contente. Diria feliz.

Vou dormir.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Bolsa de Valores


Hoje a mmqt surpreendeu-me. Amanha vamos passar a tarde juntos. Faz (uns) 5 meses que não partilhamos momentos e vivências. Espero, sinceramente, que corra tudo bem. Mais que bem.

Hoje o dia passou. Não teve momentos altos. Nestes últimos dias tenho visto mais coisas que o habitual. Cresço com tudo. É óptimo. Não estou feliz. Não estou triste. Estou demasiado bem. Equilíbrio.

Passei a tarde a dormir (longe de tudo e todos). Acompanhado pelo inconsciente.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Nao sei


Coisas estranhas. Dia estranho. Dois minutos antes de começar a escrever voltei a transbordar devido ao orgulho de que sou possuidor.
Não sou o género de pessoa que diz asneiras. Acho de uma falta de gosto incrível. Mas o que é a regra sem excepção?
O dia de hoje foi pura merda. Sim, eu sei que foi um dia bom. É paradoxal. Mas foi horrivelmente estranho, e talvez seja por isso que o considero um dia merdoso.
Começou bem. Apanhei o autocarro e dei ou recebi um bom beijo (simples, contudo bom). Se me permitem o aparte, a minha cúmplice estava bonita. Continuando… o autocarro que chegou atrasado ainda mais se atrasou.
Quando chegamos à Estêvão estava a dar o segundo toque. Fomos levar um ente à sala. Fomos embora. Fomos para o nosso café (que deixou de ser nosso, agora é de todos). No caminho a minha cúmplice desfez-se em palavras. Contou comigo. Sabia que podia contar comigo. Eu fiquei admirado, mas não muito. Já sabia o que ela me dizia. Não a questionei. Não duvidei dela. Entramos no quente que já nos era familiar (de tantos bons momentos). Naquele local nunca houve vergonha, medo, nem constrangimento. Fomos para a mesa que é quase do costume. Foi óptimo. Soube tão bem, foi cúmplice. Deixou uma certa carência. Dois galões durante a primeira aula da manha, à qual estávamos a faltar (evidentemente). Já não me recordo do momento mas sei que foi bastante compensador. Lembro-me ou imagino ouvir um “Ainda bem que faltámos. Ficamos aqui o resto do dia? Estamos aqui tão bem”. Depois fomos pela beira ria até uma praça (fez-me lembrar o verão), fomos para o parque e depois para o outro. Deitamo-nos no primeiro. Foi tão bom sentir aquele sol. Cada vez mais me surpreendo. Chegamos juntos. Ainda bem que somos Amigos Amigos!
Só falei duma parte do dia. A que quero lembrar por ser boa. Tudo o resto tenciono esquecer... tirando a parte do fim da manha que me contaram... Tiago Tiago!

Tento não mostrar os meus sentimentos. Não é defeito, é feitio. É assim com os amigos, comigo e assim será contigo. Reservado? Sim, provavelmente. Orgulhoso? Estou a tentar deixar de o ser para os amigos. Amigos? O que são? Quem são? Amigos amigos? Sim. Estou bem com a vida.

A rádio acompanha-me nesta jornada, que é escrever este texto possivelmente patético.
Duvido de mim. Tenho saudades de abraçar (diria ainda outra coisa, mas o discernimento não me o deixa fazer).
Quero férias deste local em que vivo. Destas praças, destas ruas.



Amanha direi o que falta se ainda o pensar.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Dinastia




Gosto de ser mendigo. Que me confundam com a multidão, de ser mundano. De saber que estão enganados e que sou mais que eles. Passear entre o verde banhado de azul matinal (tudo idealizado ao pormenor). Gosto que me desconheçam. De ver o que não existe, de fazer existir o que não se vê. Aprecio praças com pombas a serem alimentadas por gente marcada pela idade.
Há espaço para arrogância, para o egocentrismo. Não sei se prefiro NY ou Praga. Por vezes ate penso nas Ilhas Gregas. Gosto de criar duvida. De fazer choramingar para depois abraçar. Magoar com o intuito de amparar.

Venero Cumplicidade. É algo de extraordinário. É algo simplesmente soberbo. Fascinante. Encantador pela simplicidade e ensurdecedor pela complexidade. É paradoxal. É único. É pessoalmente mútuo. É sentido. Faz-me lembrar cafés e dias. Faz-me lembrar abraços.

Gosto de viajar. De improvisar. De comboios. Adoro estações. Fazem-me lembrar preto & branco, fotografias, sentimentos, saudades, pessoas. A minha vida. Gosto do velho continente. Chego a admira-lo, a sua historia marcada por lugares belos encanta.

Gosto de mim, da minha estranha complexidade. Dos meus amigos. Das minhas distinções. Da minha história.


Gosto da vida. Aprecio-a.

Esperneia, diz que não, que tem razão

Inconstante. Não entendo. Perseguição? Não voltaremos a falar do assunto.
Ahh cheirava-lhe. Um aparte.

Será este espaço parvo? Inútil?
Perdi a vontade de escrever. O peso do sono faz-se sentir.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

"vai beber q o teu mal é sobriedade"

Mentiu. Ocultou. Não entendi. Não foi a mim. Foi por mim, para mim.
Bem… o meu almoço foi constrangedor. Houve cumplicidade. Os imprevistos. As mentiras. Houve situações novas. E todo um resto de situações espontâneas.

Escondemo-nos entre as ruas e vielas, a olharem através da calçada.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Festival de Situações




Hoje fiz uma aposta. Como sou criança! Pode-me custar uma série de coisas, entre as quais amigos e grandes amigos. Mas o que seria uma aposta sem ter nada que perder? Qual a piada?
Tenho tanto sono.
Ontem apanhei o primeiro autocarro que apareceu. Adormeci, à ida para casa, quase ia caindo. Amanha como vai ser o almoço? Outra eterna duvida. Bolas! Lembrei-me agora que já tinha combinado com uma pessoa. Mas quero ir com outra… aprecio pouco estas situações.
A minha “agenda” (se é que assim se pode chamar) está superlotada. Quando digo “agenda” refiro-me ao dia-a-dia. São almoços atrás de almoços, jantares, festas que não sei de quem são, aniversários, mais festas e saídas. Ah, e jamais me esqueceria dos tão requintados e produtivos cafés. Não sei o porquê de tanta solicitação. Num mês tenho mais festas que dias. Num fim-de-semana mais jantares que refeições. Num dia mais peripécias e contratempos que o normal. Não gosto porque quase tudo em mim é feito de imprevistos, e com os dias cheios de planos não estou com quem quero. Mas por outro lado gosto, porque com tantos planos há sempre algo que não corre como queria, tenho que improvisar. O pior é que todos estes planos, e depois imprevistos, tornam os dias agradavelmente longos. Faz com que um dia me pareça dois ou três. Hoje, quarta-feira, desejei um “Bom fim-de-semana!” a uma rapariga (bonita, simpática e querida). É interessante. Curioso diria.
Hoje comecei o dia com uma caminhada. Um bom dia inesperado. Uma noticia repentina.
A tarde, se não fosse a companhia do sono, teria sido de um tédio interminável. Pretendo compensar este meu imprevisto.
Fiz uma aposta, como já disse. São apostas parvas que têm consequências desastrosas. Mas espero que seja produtiva, do ponto de vista em que vou ter de me apressar para não perder. Antecipar, criar acidentes com os quais me possa deliciar. O que diria a minha companhia de cafés alaranjados sobre tal assunto? Provavelmente fazia-me aquela cara que só ela sabe e diria “Tiago…”


Amanha quero ir apenas ao Escondidinho almoçar uma sopa não passada. Depois quero que tenhamos de correr. Duas faltas eram óptimas.
Ocasional e Casual.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Decência

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Vastidão




Acreditai que não imagino o dia de hoje. Não consigo saber se o dia foi bom ou não. Uma coisa é certa, foi muito estranho. Deveras!
Teve partes boas, menos boas e constrangedoras. Bem, se pensar que há gente no Cais do Sodré a morrer de frio… o meu dia foi bastante positivo.
Tenho de falar do almoço, sem café. Foi ilusório, aparente. Não era suposto que assim acontece-se. Bolas! Começo a deixar de apreciar determinada pessoa, pela sua irreflectida falta de oportunidade. Estava tudo bem. Mas não devia ter sido assim. Digo eu…Não sei. Não gostei. Talvez esta, tenha sido a parte mais frustrante do dia.
Sabe-se lá… Um labirinto infindável. Infindavelmente aliciante, provocante, encantador e sedutor. Labirinto estranho este…

De noite por ser aí que tudo começou. Ainda bem que assim foi, que teve inicio. Devo-te isso, entre muitas outras coisas.

Hoje estava a olhar, de manha, e não vi. Por acaso estava à procura. Mas não a vi, nem mesmo quando se dirigia na minha direcção. Acontece com frequência. Também não entendo. Como vai ser? Detesto impasses. Mas a culpa, que não há, provavelmente é minha. Por vezes a vontade é ensurdecedora, contudo, por vezes é ínfima. O que pretendo com tudo isto? Não fosse eu quem sou.

“Porque é que és assim?”. Apunhalou-me a paz de espírito, o equilíbrio. Senti vontade de abraçar. Tudo com palavras. Também estas serão desmedidas? Não entendo nada. C'est la vie.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Passas e Chamapanhe à Chuva, Num Banco de Jardim


Os pensamentos não se realizam.
Amanha quero andar pela Avenida, saltar charcos e calcar poças. Quero ir buscar comida e ir para o Rossio. Podemos sempre ir ao Escondidinho comer uma sopa (não passada), se tiver a chover. Para lá vamos à chuva. Lá abraçamo-nos.
Como será? Não sei. Com quem estarei? Tenho sonhos. Idealizo.

Amanha o cinzento beijado de quente será a nossa cor. Espero que sejamos só nós.
Veremos.

sábado, 12 de janeiro de 2008

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Constante


Arrumei. Eu tento arrumar. Talvez queira um arrumar consciente, mas inibido pelo inconsciente. Quero arrumar pessoas, momentos, situações e todo um resto de coisas impróprias. Se não arrumar quero dispô-las de outra maneira.
Estou cansado do mesmo lugar. Não diria das pessoas. Mas preciso de inovar, variar.

Começo a duvidar da veracidade e autenticidade de uma pessoa. Mas tenho de parar. Contudo acho, no mínimo, curioso o facto de falar e não falar. Talvez, em parte, a culpa seja minha, por fazer o mesmo. Chego a criar atalhos longos, para não me cruzar com tal organismo. É verdade que existe uma certa tensão entre ambos, mas por favor! Andamos na primária? Agora pensando, é raro ver-lhe uma expressão de satisfação. Talvez seja por isso que não vá muito com ele.
Começo a deixar de gostar das atitudes do ente que partilhamos. Já o sol se tinha posto quando íamos os 3 embora. Meio caminho foi constrangedor e eu tive calado, mas nesse meio caminho vi uma certa falsidade. Ela não quis que eu soubesse onde iam. Ele ao início não entendeu, mas chegou lá. Não entendi o objectivo de me deixar num desconhecimento aparente. Irrita-me não entender. Ela nem me disse que ia ter com ele. Já para não disser que era o dia, semanal, do nosso café. É verdade e mais que verdade que eu não queria este café, ao contrario dos outros. Mas queria ser eu a dizer que “não”. Tolices acompanhadas de idiotices. Mas podia ser café acompanhado de leite. Sorriso parvo, mais que parvo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Vozes




Jardins do forum. Dias de inverno. Logo, será óbvia a escolha de castanhas abraçadas em jornal.


Noites de verão na rua direita e manhas de inverno na estação.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Malha Padrão

As minhas 3 horas de almoço foram deveras curiosas. Facto é que almocei apenas em 6 minutos e com companhia inesperada. Foi agradável, se tivermos em conta as horas envolventes, que primaram pela boa disposição. Não esperava tal situação. Aliás, começamos a data com um “Bom Dia” embaraçoso, traiçoeiro e envergonhado. Bastante acanhado. Acho que ambos queríamos ver quem se dirigia ao outro em primeiro. As primeiras horas da manha, foram marcadas pela tenção. Algo que, ao contrario do que pensava na altura, não se prolongou dia dentro. Rimos. Trocamos alguma, já não muita, cumplicidade.
Talvez me incline, mais tarde, sobre palavra tão essencial na minha pessoa.
A Sé dava 15.11 horas, quando, a passo apressado me dirigia para a escola. Descobri um “@”, contudo não fiquei minimamente abalado, e quase que nem surpreendido. Era apenas uma mensagem. Seria recente? Não quero saber. Mas não é um “não quero saber” afectado por sentimentos nefastos. Longe disso. É um “não quero saber” desinteressado. A sinceridade não poderia ser mais autêntica, neste momento. Aproveitaremos estas raras situações.

Simplesmente me interroguei pela (antiga) confiança.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

A Traição das Imagens


Sim. Acredito e sei que não consigo escrever com a virtude de certas gentes. Talvez diga isto por existir um certo descontentamento em relação a tal gente, particular. Enganosamente, malevolência. Vejo as virtudes e com aversão as desprezo.
Acima de tudo escrevo para mim. Leio as imensas entrelinhas que escrevo numa frase. Talvez seja esse o meu principal objectivo.
Com o tempo estas entrelinhas, em que neste momento penso, perdem valor. Ganham forma.
Tudo isto porque, hoje de manhã, durante o galão pensava. Um misto de reflexões baralhava o espírito e afogava-me em feroz adversidade. Partilhamos amigos e conhecidos, momentos e vivências! (Temos um passado em comum.) Partilharemos mais ainda! A minha “influência” (palavra fria para descrever certo domínio) sobre tal ser é vastíssima e com mais ou menos subtileza conseguirei o que pretendo. Ou o que poderei vir a pretender. Talvez “intervenção” seja uma palavra mais agradável. Depressa se eleva a arrogância. Irritação e cólera. Sentimentos que tento rejeitar. Mas rapidamente formam um lago, oprimido em escuridão, que me amedronta e apoquenta o ânimo. O pavor e o medo, de tal lago, não são suficientes para de lá tirar o pensamento.
Com isto pretendo dizer, que a minha aprovação poderá ser fundamental. Como tal, não seria bom ter-me como oponente (em termos ideológicos). Enganar-me poderá ser uma solução, contudo melhor será sorrir por fora e conjecturar desumanidades interiormente.
Não sei como interpretar o quanto imprescindível sou (ou penso ser) para tal pessoa. Espero um retoque de aperfeiçoamento e progresso, não por mim, não por tal ente, talvez pelo desejo que reside, em quem causou todo este alegre apoquento, de conseguir o que ambiciona.

Faz-me companhia o chá, há falta de café. Hoje não, mas para a semana talvez inove. Variar, diversificar e alternar. Deixar a beira-ria e aventurar-me entre ruas e vielas. Passar por baixo de pontes em forma de arcos vividos.



Texto desprovido de sentido, mas é nas entrelinhas que ele se encontra.