sábado, 19 de janeiro de 2008

Dinastia




Gosto de ser mendigo. Que me confundam com a multidão, de ser mundano. De saber que estão enganados e que sou mais que eles. Passear entre o verde banhado de azul matinal (tudo idealizado ao pormenor). Gosto que me desconheçam. De ver o que não existe, de fazer existir o que não se vê. Aprecio praças com pombas a serem alimentadas por gente marcada pela idade.
Há espaço para arrogância, para o egocentrismo. Não sei se prefiro NY ou Praga. Por vezes ate penso nas Ilhas Gregas. Gosto de criar duvida. De fazer choramingar para depois abraçar. Magoar com o intuito de amparar.

Venero Cumplicidade. É algo de extraordinário. É algo simplesmente soberbo. Fascinante. Encantador pela simplicidade e ensurdecedor pela complexidade. É paradoxal. É único. É pessoalmente mútuo. É sentido. Faz-me lembrar cafés e dias. Faz-me lembrar abraços.

Gosto de viajar. De improvisar. De comboios. Adoro estações. Fazem-me lembrar preto & branco, fotografias, sentimentos, saudades, pessoas. A minha vida. Gosto do velho continente. Chego a admira-lo, a sua historia marcada por lugares belos encanta.

Gosto de mim, da minha estranha complexidade. Dos meus amigos. Das minhas distinções. Da minha história.


Gosto da vida. Aprecio-a.