segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Nao sei


Coisas estranhas. Dia estranho. Dois minutos antes de começar a escrever voltei a transbordar devido ao orgulho de que sou possuidor.
Não sou o género de pessoa que diz asneiras. Acho de uma falta de gosto incrível. Mas o que é a regra sem excepção?
O dia de hoje foi pura merda. Sim, eu sei que foi um dia bom. É paradoxal. Mas foi horrivelmente estranho, e talvez seja por isso que o considero um dia merdoso.
Começou bem. Apanhei o autocarro e dei ou recebi um bom beijo (simples, contudo bom). Se me permitem o aparte, a minha cúmplice estava bonita. Continuando… o autocarro que chegou atrasado ainda mais se atrasou.
Quando chegamos à Estêvão estava a dar o segundo toque. Fomos levar um ente à sala. Fomos embora. Fomos para o nosso café (que deixou de ser nosso, agora é de todos). No caminho a minha cúmplice desfez-se em palavras. Contou comigo. Sabia que podia contar comigo. Eu fiquei admirado, mas não muito. Já sabia o que ela me dizia. Não a questionei. Não duvidei dela. Entramos no quente que já nos era familiar (de tantos bons momentos). Naquele local nunca houve vergonha, medo, nem constrangimento. Fomos para a mesa que é quase do costume. Foi óptimo. Soube tão bem, foi cúmplice. Deixou uma certa carência. Dois galões durante a primeira aula da manha, à qual estávamos a faltar (evidentemente). Já não me recordo do momento mas sei que foi bastante compensador. Lembro-me ou imagino ouvir um “Ainda bem que faltámos. Ficamos aqui o resto do dia? Estamos aqui tão bem”. Depois fomos pela beira ria até uma praça (fez-me lembrar o verão), fomos para o parque e depois para o outro. Deitamo-nos no primeiro. Foi tão bom sentir aquele sol. Cada vez mais me surpreendo. Chegamos juntos. Ainda bem que somos Amigos Amigos!
Só falei duma parte do dia. A que quero lembrar por ser boa. Tudo o resto tenciono esquecer... tirando a parte do fim da manha que me contaram... Tiago Tiago!

Tento não mostrar os meus sentimentos. Não é defeito, é feitio. É assim com os amigos, comigo e assim será contigo. Reservado? Sim, provavelmente. Orgulhoso? Estou a tentar deixar de o ser para os amigos. Amigos? O que são? Quem são? Amigos amigos? Sim. Estou bem com a vida.

A rádio acompanha-me nesta jornada, que é escrever este texto possivelmente patético.
Duvido de mim. Tenho saudades de abraçar (diria ainda outra coisa, mas o discernimento não me o deixa fazer).
Quero férias deste local em que vivo. Destas praças, destas ruas.



Amanha direi o que falta se ainda o pensar.