sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Varanda Interior

Tive apenas uma aula, em que nada fiz. Seguiu-se um leve almoço, durante o qual esperava uma chamada interessante. O telemóvel fez-se ouvir, mas não da maneira que eu pretendia. Atendei, falei.

Fui para o Santo Rossio, que tanto vê. Passei lá um bom bocado. Já a Sé dava as 17.30h quando me deslocava apressadamente do espaço envolvente, com o que restava da companhia ‘tardina’.

Cerca de meia de atraso foi o que ditou uma resposta já esperada. Ao chegar deparei-me com terceiros. Fiquei perplexo, atónito. Boquiaberto. Contudo, e como é evidente, não transpareci tais sentimentos. Talvez o deva à capacidade que tenho de me adaptar. A isso e ao Teatro. Tenho que voltar a ingressar numa companhia.
Disse que tinha de ir ao quarto de banho, assim o fiz, mas não sem fazer uma chamada pelo caminho. De todo o dia, apenas os encontros e as refeições nos distanciaram. Ao chegar, o que estava a mais foi-se. Ficamos só os dois. A conversa foi de uma maturidade excepcional. Lembro-me de ver a Francisca passar (único nome referido em todo este espaço), fiquei aterrado. Ambas ali?! Passou em segundos.
Referi que os meus amigos pouco gostavam dela, que era demasiado paradoxal e que por mim tinha sido bom enquanto durou. Tudo isto e uma outra série de coisas e de maneira séria mas leve. Depois de o fazer deparei-me com tal ser a concordar com o inverso do que eu tinha dito. Lembrou-me uma velha senil.

“É por gostar demasiado de ti que tenho medo de te desiludir” afectou-me. Deixou-me desnorteado. Mas isto já depois de eu ter dito praticamente tudo.
Correu bastante bem. Estou contente com a maturidade que apresentei em toda a estranha conversa (que era mais minha do que dela).

Estou a morrer de sono. Um toque de madrugada é um “liga-me estou a precisar (…)”.


Não sei se tem sentido, mas não o vou ler. Vou dormir.